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URBANISMO

DESIGN E DECORAÇÃO

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Serramar: Nem parece shopping.


© Daniel Ducci
Ate agora só escrevi sobre obras que eu “nunca vi, nem comi, eu só ouço falar”. Resolvi escrever sobre esse projeto, pois eu simplesmente o acho incrível. Talvez o fato de já ter visitado ele ajude a sentir a arquitetura com outro sentimento, mas ele é realmente incrível. Tanto que já o usei como referencia em duas situações acadêmicas: um boulevard para deficientes visuais e um centro comercial para Itaquera.
Estamos acostumados aos ambientes fechado, com luz e ventilação artificial da maioria dos shoppings. Quando fui convidada a ir ao Serramar logo falei: “Nossa estou na praia e vou pro shopping?! Shopping vou em São Paulo que tem de penca!” Ainda bem que me convenceram. Imagina você no litoral norte e ir para o shopping e ainda conseguir sentir a brisa do mar e o cheiro de maresia?! No Serramar de Caraguatatuba isso é possível.
© Daniel Ducci

O projeto do escritório Aflalo/Gasperini – acredito que irei falar bastante deles por aqui ainda – aproveitou ao máximo a iluminação e ventilação natural, valorizando a paisagem e o clima do litoral norte paulistano.

O Shopping é térreo,  e entre a serra e o mar, foi implantado em uma área pouco valorizada pelo mercado imobiliário de Caraguatatuba. O que faz com que ele se destaque ainda mais na paisagem, mas sem interferir.

Os volumes são dispostos soltos e de forma irregular e angulada no terreno, permitindo uma circulação dinâmica entre os blocos e o máximo de aproveitamento da ventilação natural com a análise que foi realizada dos ventos predominantes antes da concepção do projeto.




 Entre esses blocos foi criado um pátio interno arborizado com um deck com bancos que permite uma contemplação diferenciada das vitrines e uma nova opção de circulação para quem quer fugir dos corredores.  A composição do amarelado do bambu, dos tons de madeira e da vegetação cria um ambiente aconchegante quebrando a predominância dos tons claros e frios dos shoppings.
© Daniel Ducci
A Praça de alimentação tem sua fachada em vidro transparente e possui uma área para refeições do lado externo sob um deck com um córrego a sua frente que permite privilegiar uma vista panorâmica da Serra da Mantiqueira.
© Daniel Ducci
A área interna da praça de alimentação e as lojas são as únicas a receber climatização, as demais áreas receberam ventiladores mecânicos apenas  para potencializar a circulação do ar.
O Serramar Parque Shopping tem 100 lojas, além de um hipermercado, homecenter, praça de alimentação com redes de fast food e restaurantes, quatro salas de cinema e 1000 vagas para estacionamento.


Um projeto sustentável, que integra e valoriza a paisagem, e acima de tudo agrada até aqueles que não gostam de ir ao shopping.Um dos  projetos mais inspiradores para mim pois está fora dos padrões, é percebesse que é um lugar feito para as pessoas e não para as marcas e lojas, valorizando o usuário do espaço como centro do projeto.

Fontes:http://www.archdaily.com.br/br/01-29619/serramar-parque-shopping-aflalo-e-gasperini-arquitetos
http://aflalogasperini.com.br/?portfolio=serramar-2
Imagens: Internet.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Uma busca que levou a um encontro: Jorge Wilheim

No começo do semestre passado, foi pedido pesquisa de repertório para a elaboração do projeto arquitetônico de um novo MIS. Os professores selecionaram algumas obras e sortearam entre as equipes.
Meu grupo ficou com o Paço das Artes, localizado na cidade universitária - USP.
O Paço é um local aonde alguns alunos, ex- alunos de artes da USP e convidados expõem mostras de arte contemporânea.  

O processo da pesquisa incluiu a visita ao local e achamos o local um tanto obscuro, meio abandonado, e por mais que o grupo buscasse informações sobre esse projeto, não encontrávamos nada. Pedimos para a administração do Paço nos enviar algum material, mas nem eles sabiam quem era o autor do projeto.
A responsabilidade do local fica sendo jogada de um lado para o outro entre a Secretaria da Cultura de SP e a Administração da USP, além de  existir uma briga pelo terreno entre USP e o Instituto Butantã.
Por fim, descobrimos que o Paço das Artes é uma obra inacabada de Jorge Wilheim.



Alguns dizem que o projeto teria até 70 mil metros quadrados, outros dizem 25 mil metros construídos que seria de acordo com a Revista Projeto edição 335 “Uma área edificada maior que a do Memorial da América Latina, o novo espaço deve se transformar na mais importante oficina cultural do estado”. Hoje tem construído pouco mais de 4 mil metros quadrados e é conhecido por muitos como o "esqueleto" da USP.

Centro Cultural
Centro Cultural



Mesmo com poucas informações sobre o projeto,  fiquei curiosa sobre o Srº Wilheim, triste ao saber que ele havia falecido a pouco menos de 1 mês e indignada por nunca ter ouvido falar dele , talvez por ignorância minha, mas as vezes todo mundo coloca no pedestal arquitetônico nacional alguns, que falta uma certa atenção a arquitetos como Wilheim que é responsável  por grandes obras dos cartões postais de São Paulo como o novo vale do Anhangabaú.


Jorge Wilheim nasce em 1928 em Trieste, Itália, e chega ao Brasil em 1940, fugindo da Segunda Guerra Mundial.  Formou-se pela Faculdade de Arquitetura Mackenzie em 1952 e ao vencer um concurso, recém-formado, para a elaboração de o projeto hospitalar da Santa Casa de Jaú, abre escritório próprio.
Em 1954 é convidado para projetar em Mato Groso do Sul o projeto urbanístico da cidade de Angélica para 15 mil habitantes. Desde então teve presença marcante em diversos projetos urbanísticos, como o anteprojeto de plano diretor de Brasília e com essa experiência realizando diversos planos diretores para cidades em desenvolvimento em todo o pais.
Em 1969 concebe e coordena o projeto do parque Anhembi, com o Palácio das Convenções, um hotel e o pavilhão de exposições que teve suas estruturas de treliças metálicas erguidas em 8 horas. Em 1981, associado a Rosa Kliass e Jamil Kfouri, vence o concurso para a reurbanização do vale do Anhangabaú, construído e inaugurado dez anos mais tarde, e que revela aspectos da reflexão urbanística de Wilheim, como a valorização da vida a pé e da rua como uma grande praça de vida cívica, espaços abertos e públicos.
Vale do Anhangabaú

Vale do Anhangabaú

Essa reflexão também pode ser notada na proposta que fez para a Nova Augusta em 1973, aonde propõe  o bloqueia da circulação de automóveis em um longo trecho da via, construindo praças escalonadas com degraus, jardineiras e um mobiliário urbano variado.
Jorge Wilheim é considerado um dos principais urbanistas brasileiros e teve forte atuação politica como defensor do chamado “planejamento estratégico”. Foi titular da Sempla (Secretaria Municipal de Planejamento) de 1983 a 1986 elaborando o plano diretor de São Paulo de 1984. Secretario Estadual do Meio Ambiente de 1987 a 1991 e na gestão seguinte de 1991 a 1994 se torna presidente da Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo, a tão conhecida Emplasa, da onde surgiram grande projetos pioneiros e teve sua participação nos 31 Planos Estratégicos das Sub-Prefeituras de São Paulo.
Com toda essa bagagem urbanística em 1994 é convidado pela ONU para trabalhar em Nairóbi-Quênia no cargo de Secretario geral adjunto da Conferencia Mundial de Habitat 2, realizada em 1996 em Istambul-Turquia
Seus trabalhos mais recentes contam com consultoria para as obras das Olimpíadas Rio 2016, os estudos urbanísticos para as estações do TAV - Trem de Alta Velocidade, coordenação geral na elaboração da Operação Urbana Rio Verde-Jacu  e tantas outras novas OP em São Paulo. 
Na arquitetura podemos encontrar sua marca no Hospital Albert Einstein, SESI Vila Leopoldina e em breve na nova Casa da Orquestra em Belo Horizonte entre outros.

Autor de mais de 10 livros sua obra mais recente é São Paulo: uma interpretação (Editora SENAC) que em breve pretendo ler.

Creio que posso resumir Jorge Wilheim brevemente como um homem que trabalhou, e muito bem, em busca de uma vida urbana melhor para todos. Todas ideologias vista em minhas aulas de urbanismo foram praticadas por ele por toda a sua vida e por todos os lugares que passou. Acredito que ele tenha passado tudo isso para a equipe que o acompanhou e para a equipe que ira continuar os seu trabalhos pois espero ver esse grande Arquiteto e Urbanista dono de um sorriso cativante (que muito me lembrou meu querido vó) eternizado em suas obras com orgulho e admiração que carrego e terei para sempre como exemplo.

Link da apresentação do seminário: http://migre.me/lRBwD
Imagens: Internet e fontes.
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Norma de Desempenho - ABNT NBR 15575:2013




Em um dos trabalhos do semestre que se fechou, precisávamos ler a nova Norma de Desempenho NBR15575 fazer uma resenha ou resumo e uma critica.Confesso que a norma em si eu li bem por cima, mas encontrei no site da CBIC(Câmara Brasileira da Industria da Construção) um guia orientativo que me ajudou a entender a norma e suas mudança.

A Revista Téchne também publicou uma matéria bem explicativa sobre o assunto.No final da postagem segue o link para consulta dos dois documentos.Vou começar com a minha crítica sobre a nova norma antes da resenha que é um pouco extensa.Ainda há muito a se estudar e entender sobre as normas que envolvem a construção civil, mas acredito que já é um começo.


fonte:http://www.caubr.gov.br/

Crítica:

Acredito que a norma atualizada ira promover grandes benefícios aos usuários/moradores. Mesmo que em um momento de adaptação as construtoras elevem o custo da obra, que irá refletir no preço dos imóveis, essas mudanças em longo prazo são positivas.

Mas a norma não age sozinha, é necessária uma responsabilidade iniciada em projeto até a manutenção que o usuário/morador deverá executar no imóvel.

Além disso, as construtoras devem seguir outras normas. A utilização da NBR 15575, que quantifica a qualidade do desempenho, é um complemento para a execução de um bom desempenho da obra seguindo diversas outras normas especificas.


Porem o que analisei é o reflexo que o “selo” desempenho irá prover para o mercado imobiliário. A vantagem é que agora o usuário/morador poderá exigir a comprovação desse desempenho informado pelas construtoras. Mas como não há uma fiscalização do município para que todas as obras sigam a norma, esse “selo” poderá ser usado como uma forte ferramenta de marketing, aumentando ainda mais o valor dos imóveis e desvalorizando quem não se adequar a ela, o que por um lado força com que as construtoras se conscientizem em melhorar a qualidade das obras e os arquitetos em realizem um projeto mais atencioso com relação a todos os aspectos, inclusivo as especificações de materiais, conhecendo-os melhor.


Vejo com isso a responsabilidade do arquiteto cada vez maior e que devemos nos prepara e estudar melhor o desempenho ideal de cada material do projeto para cada tipo de uso, utilizando da norma para promover uma melhor qualidade de vida aos nossos clientes, com edificações cada vez mais duráveis.

Resenha:

O conjunto normativo NBR 15.575, traz como novidade o conceito de comportamento em uso dos componentes e sistemas das edificações, sendo que a construção habitacional deve atender e cumprir as exigências dos usuários ao longo dos anos, promovendo o amadurecimento e melhoria da relação de consumo no mercado imobiliário, na medida em que todos os partícipes da produção habitacional são incumbidos de suas responsabilidades; projetistas, fornecedores de material, construtor, incorporador e usuário.

A principal mudança está explicitada no nome da NBR 15.575:2013 Edificações Habitacionais - Desempenho: diferentemente da versão anterior (2010), restrita a residenciais de até cinco pavimentos, o novo texto é mais abrangente e contempla projetos habitacionais de qualquer porte, além de novas técnicas construtivas.

A norma NBR 15575 foi redigida segundo modelos internacionais de normalização de desempenho. Ou seja, para cada necessidade do usuário e condição de exposição, aparece a  sequência  de  Requisitos  de  Desempenho,  Critérios de Desempenho e respectivos Métodos de Avaliação.
 O conjunto normativo compreende seis partes:
Parte 1: Requisitos gerais;
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;
Parte3: Requisitos para os sistemas de pisos;
Parte4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;
Parte5: Requisitos para os sistemas de coberturas; e
Parte6: Requisitos para os sistemas hidros sanitários.

Cada parte da norma foi organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência  de  exigências  relativas  à segurança (desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso e operação), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto  tátil) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade  e  adequação ambiental).

Ao contrário das normas tradicionais, que prescrevem características dos produtos com base na consagração do uso, normas de desempenho definem as propriedades necessárias dos diferentes elementos da construção, independentemente do material constituinte. No primeiro caso, deve-se utilizar o produto em atendimento às suas características. No segundo, deve-se desenvolver e aplicar o produto para que atenda às necessidades da construção.

Para que se atinja e se mantenha o desempenho pretendido durante o prazo de vida útil de projeto, a norma estabelece incumbências para incorporadores, construtores, projetistas, usuários e outros. Suprime algumas indefinições que existiam, como por exemplo, a responsabilidade sobre os levantamentos necessários em terrenos com passivo ambiental.

A Parte 1 a norma trata das interfaces entre os diferentes elementos da construção e do seu desempenho global, como por exemplo no caso do desempenho térmico, onde influem simultaneamente fachadas, coberturas, etc. Estabelece diretrizes para implantação das edificações habitacionais e indicações gerais sobre estabilidade, durabilidade, segurança no uso e na ocupação, desempenho lumínico, etc.

 As normas de projeto e execução de estruturas enfocam normalmente a estabilidade e segurança da construção frente a cargas gravitacionais, à ação do vento e a outras. As normas de desempenho incluem ainda ações decorrentes do uso e ocupação do imóvel, por exemplo, resistência de pisos e paredes aos impactos de corpo mole e corpo duro, capacidade de paredes e tetos suportarem cargas suspensas etc.

Com relação à segurança contra incêndio, a norma visa, em primeiro lugar, a integridade  física  das  pessoas  e,  depois,  a  própria  segurança  patrimonial.  Os critérios de desempenho contemplam recursos para dificultar o principio de incêndio e a sua propagação, o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo – TRRF, de  elementos  e  componentes  da  construção,  as  rotas  de  fuga,  a  propagação de fumaça, os equipamentos de extinção e também a facilidade de acesso dos bombeiros para combate a incêndios já deflagrados.

Verifica-se, nas habitações em geral, número significativo de ocorrências rotuladas como “acidentes”, sendo que  na  verdade  muitas  delas  são  decorrentes  de situações de exposição ao risco. Nesta parte da norma, são introduzidos requisitos e critérios visando minimizar a possibilidade de ferimentos nos usuários da habitação, choques elétricos, tropeções, quedas e queimaduras. Procura-se quantificar o coeficiente de atrito de pisos, a resistência mecânica de guarda corpos, os cuidados na manutenção de telhados e outros.

Além dos  aspectos  de  desempenho  estrutural,  segurança  contra  incêndios, durabilidade e outros atributos essenciais, é necessário que a habitação apresente compartimentação adequada e espaços suficientes para a disposição de camas, armários, poltronas e os diversos utensílios domésticos. Além dos espaços e pé direito mínimos, são estabelecidos critérios regulando a possibilidade de ampliação de unidades térreas e o funcionamento de instalações hidráulicas, reportando-se sempre que necessário a outras Normas técnicas.

Com base nos princípios da ergonomia, na estatura média das pessoas e na força física passível de ser aplicada por adultos e crianças é que devem ser desenvolvidos os componentes e equipamentos da construção. A NBR 15575-1 estabelece critérios de desempenho recomendando a forma e limitando a força necessária para o acionamento de trincos, torneiras e outros dispositivos. Estabelece ainda a planicidade requerida para os pisos que, projetados conforme a Parte 2 da norma limitarão também as vibrações que poderiam causar desconforto.

O adequado desempenho térmico repercute no conforto das pessoas e em condições adequadas para o sono e atividades normais em uma habitação, contribuindo ainda para a economia de energia. A avaliação de desempenho pode ser feita de forma simplificada, com base em propriedades térmicas das fachadas e das coberturas, ou por simulação computacional, onde são cotejados simultaneamente todos os elementos e todos os fenômenos intervenientes. O ruído gerado pela circulação de veículos, crianças brincando no playground e música alta no apartamento vizinho são causas de desentendimentos e de estresse. Por isso, faz-se necessária a adequada isolação acústica por parte de fachadas, coberturas, entrepisos e paredes de geminação. Além de critérios de isolação ao som aéreo, a norma inclui disposições para a isolação ao ruído transmitido por impactos, fator extremamente importante para os entrepisos e coberturas acessíveis.

Considerando apenas a iluminação artificial, a norma ABNT NBR 5413 estipula as iluminâncias requeridas para várias tarefas e atividades, para diferentes tipos de edificações (habitações, escolas,  comércio  etc).  A  norma  de  desempenho 15575 estipula níveis requeridos de iluminância natural e artificial nas habitações, reproduzindo, neste último caso, as próprias exigências da NBR 5413.

As condições de saúde e higiene nas habitações podem ser comprometidas por uma série de fatores, sendo a umidade fonte potencial de doenças respiratórias, formação de fungos e outros. Além disso, a durabilidade da construção está diretamente associada à estanqueidade à água de seus elementos. A norma NBR 15575 estabelece critérios para estanqueidade de fachadas, pisos de áreas molhadas, coberturas e demais elementos da construção, incluindo as instalações hidro- sanitárias.

A habitação é o  bem  mais  almejado  pelos  seres  humanos. Tem significado emblemático, que,  em  muito,  transcende  a  posse  material.  Particularmente nos casos de financiamentos prolongados, é extremamente importante que a construção mantenha características  aceitáveis  de  desempenho  durante prazo  denominado  na  norma  como “Vida  Útil  de  Projeto”.  Dessa forma,  há necessidade de manutenção constante e correta previsão nos projetos e na construção, indicando-se na NBR 15575 a Vida Útil de Projeto para diversos elementos e componentes.

A vida útil de qualquer produto, seja um automóvel  ou  uma  edificação,  depende da eficiência do projeto, da construção, das condições de agressividade do meio e dos cuidados no uso e manutenção. A vida útil prevista no projeto da habitação só poderá ser atingida no caso do seu uso correto e adoção de eficientes processos de manutenção, obedecendo-se fielmente ao que estiver estipulado no Manual de Uso, Operação e Manutenção. Com relação à preparação do manual e à gestão da manutenção, a norma de desempenho remete às regras ABNT específicas, ou seja, NBR 14037 e NBR 5674.

A ABNT NBR 15575 (“Norma de Desempenho” ou, simplesmente, “Norma”) aplica-se a edificações habitacionais. Não abrange todos os sistemas construtivos da edificação, e limita-se àqueles nela contemplados, a saber: sistemas estruturais; sistemas de pisos; sistemas de vedações verticais internas e externas; sistemas de coberturas e sistemas hidros-sanitários.

Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de normas e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não são estabelecidos na ABNT NBR 15575.

As leis dão força obrigatória às Normas Técnicas ou estabelecem consequências para o seu descumprimento. Assim, a observância da “Norma de Desempenho”, bem  como  das  demais  Normas Técnicas,  decorre  de  determinações de determinações contidas no Código Civil, no Código de Defesa do Consumidro, em Códgos de Obras, em leis especiais, Códigos de Ética Profssional, etc.

O Código de Defesa do Consumidor, por exemplo, estabelece, no art. 39, que é vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas especificas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Daí a especial recomendação de atendimento à “Norma” nas relações de consumo.

A “Norma” define três níveis de desempenho: (M) Mínimo – Obrigatório; (I) intermediário  e  (S)  Superior,  que  servirão  como  parâmetros  de  avaliação  dos elementos e sistemas construtivos. A novidade servirá para balizar a relação de custo/benefício de diferentes construções colocadas no mercado. Considerando que a edificação possui vários elementos construtivos, com vidas úteis variáveis, caberá ao incorporador ou construtor definir o “mix” dos três níveis de desempenho, observado o mínimo obrigatório.

A “Norma” traz uma nova obrigação para os projetistas, de estabelecer, de comum acordo com o empreendedor e usuários (quando for o caso), e indicar nos projetos a Vida Útil de Projeto (VUP) dos elementos e sistemas da edificação, os materiais compatíveis com a VUP, bem como as atividades de manutenção indispensáveis para que se possa atingi-la. Os incorporadores ou construtores devem também indicar as atividades de manutenção (rotineiras ou preventivas), inclusive materiais, que deverão ser informados aos usuários por meio de manuais de uso e operação, entregues quando da disponibilização dos imóveis.

A “Norma” deixa clara a responsabilidade dos usuários pela realização da manutenção como condição para assegurar a garantia e atingira vida útil, e determina que devem ser observadas as normas técnicas especificas dessa matéria (ABNT NBR 5674e ABNT NBR 14037). A ABNT NBR 5674 é direcionada aos proprietários e síndicos e dispõe sobre os requisitos para a gestão do sistema de manutenção de edificações, incluindo meios para preservar as características originais da edificação e para prevenira perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou componentes; e a ABNT NBR 14037 é direcionada para os construtores e incorporadoras, e dispõe sobre os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual de uso, operação e manutenção das edificações, a ser entregue aos proprietários/usuários.

Aspecto da maior importância está na recomendação de prazos de garantia detalhados para os diversos sistemas da edificação constante na “Norma”. O detalhamento dessa matéria (garantia) não poderia emanar de ninguém mais autorizado do que a sociedade técnica, como ocorreu no caso da “Norma”, em que participaram da sua elaboração:  entidades  de  pesquisa,  universidades, entidades representativas de fabricantes de materiais e de produtos, de construtoras, de incorporadora, peritos, agentes financiadores, consumidores e representantes do poder público.
O reparo de falhas durante a vigência dos prazos de garantia deve ser feito pelo incorporador ou construtor, ressalvadas as hipóteses que excluem a sua responsabilidade, como o mau uso ou a falta de manutenção pelos usuários; atos de terceiros; caso fortuito ou força maior. Vencido o prazo de garantia, a responsabilidade deve ser apurada.

Com a “Norma”, as regras ficam mais claras e transparentes. São estabelecidos parâmetros e níveis de desempenho  mínimos  para  os  diversos  sistemas  da edificação; indicação de prazos de vida útil de projeto para as diversas partes da edificação; prazos de garantia recomendados para diversos itens indicados  (componentes,  elementos  e  sistemas  da  construção);  responsabilidades de construção e de manutenção claramente definidas; e perspectivas de melhores laudos técnicos para instruir demandas e fundamentar as decisões judiciais, pois, além dos parâmetros técnicos e métodos de avaliação estabelecidos, a aferição de responsabilidade de uma falha passará necessariamente pela verificação se foi, ou não, realizada a devida manutenção pelo usuários.

Pode-se dizer que a “Norma” é um marco regulatório, técnico e jurídico, na Construção Civil devido à importância de suas disposições para ambas às disciplinas.

A “Norma” foi publicada em 19/2/2013, sendo válidos 150 dias após a sua publicação, ou seja, a partir de julho de 2013, prazo este estabelecido devido à repercussão que terá sobre as atividades do setor da Construção Civil, bem como à necessidade de adequação de todos os  segmentos  de  sua  cadeia  produtiva, envolvendo projetistas, fabricantes, laboratórios, construtores e governo.

Não compete às Prefeituras  Municipais,  quando  examinam  um  projeto  de construção, verificar se a construção atende, ou não, às Normas Técnicas. As aprovações, em regra, se resumem a restrições edilícias e índices urbanísticos.

A verificação de atendimento aos requisitos da “Norma” deve ser feito pelos interessados – proprietários, usuários, consumidores de um modo geral – e poderá ser necessária a sua comprovação a qualquer momento futuro, em caso de dúvida ou discussão sobre a qualidade da construção e o cumprimento de obrigações para apurar responsabilidades, seja no tocante aos projetos, seja quanto à qualidade de execução da construção. Daí a importância de manter em arquivo, durante os prazos de vida útil, os projetos, contratos, atas de decisões e demais documentos referentes à obra.

Fonte: Guia orientativo CBIC para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013
Para vizualizar o guia segue link:  
fhttp://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_CBIC_Norma_Desempenho_2_edicao.pdf

Artigo da revista Téchne Edição 192 - Março/2012:
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/192/desempenho-revisado-publicada-em-fevereiro-nova-norma-de-desempenho-288027-1.aspx




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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Irmãos Campana- O design do Brasil

Fernando nasceu em Brotas e se formou em Arquitetura na Belas Artes e Humberto nasceu em Rio Claro e se formou em Direito pela USP.  Mesmo com diferenças de formação os irmãos Campana há pouco mais de 20 anos montaram o “Estúdio Campana” onde passam a criar objetos e peças a partir do reaproveitamento de diversos tipos de materiais como cordas, lascas de madeira, EVA, fios de PVC, guardas chuvas, papelão, garrafas pet, ralos de banheiro e outros.


Com toda essa contemporaneidade e ousadia se toraram os primeiros designers brasileiros a expor no MOMA ( Museu de Arte Moderna de Nova Iorque), o que trouxe grande visibilidade ao trabalho da dupla e os tornou mundialmente famosos.

O que chama a atenção para esses designers é o uso inusitado de matérias.
Mesmo que não se parece confortável, existe uma criatividade muito forte em cada peça, o que as tornam únicas.
Essa ideia de utilizar um material existente e por vezes comum, criando uma nova forma e um novo produto dando-lhe uma nova função é realmente genial. E como provar que todo material pode ter vários usos, que não devemos ter esse olhas estático para tudo o que nos cerca.

Design Irmãos Campana
Uma de suas peças mais famosas é a Poltrona Vermelha, feita de 500m de cordas com a estrutura em aço inoxidável. Uma peça de design artesanal, pois a forma de se produzir essa cadeira não pode ser apresentado com um projeto esquemático, para isso os Irmãos Campana tiveram que fazer um vídeo explicando o modo de entrelaçar a corda para que a Edra se tornasse capaz de comercializa-la desde 1998.


Essa peça foi um marco no design não só brasileiro como mundial, pois em uma época aonde o design caminhava para a industrialização, os Irmão Campana chegam com suas intervenções artísticas nas peças que podem ser classificadas como arte. Afinal, em cada uma de suas poltronas, luminárias e outras peças há um inegável trabalho artístico, que vai além do design. Por isso, depois dos Campana e suas peças únicas – cada uma, mesmo com aspecto semelhante, tem um toque único e exclusivo dos criadores – , nasceu a classificação do Design-Arte.

Outra peça que mostra a brasilidade em seu design e até no nome é a cadeira Favela, feita de tiras de sarrafo fixadas em uma base de metal de forma irregular assim como as favelas brasileiras.
Cadeira Favela

 Para quem assiste o programa Encontro com Fatima Bernardes na Globo já pode ter reparado em uma poltrona um tanto quanto diferente. Essa poltrona foi presente dos irmãos Campana, e é feita com base em aço e revestida com bonecas feitas por mulheres de uma OBG na cidade de Esperança na  Paraíba. É conhecida como poltrona multidão ou Paraíba e na mesma linha temos a poltrona banquete  que é feita com bichos de pelúcia.
Poltrona Paraíba
Poltrona Banquete
Os irmãos Campana também são responsáveis por design de objetos de decoração e objetos pessoas, como sapatos, roupas e joia. Esse design está presente na parceria com a Melissa, a Lacoste e a H.Stern.

Melissa
Lacoste

 Enfim, há quem ame e quem odeie todo ou parte do trabalho dos Irmão Campana. Alguns acreditam que são designs fantásticos, mas que os moveis são inacessíveis para o bolso da população e mais se parecem com uma peça de arte para “enfeitar” do que algo usual.

Eu acredito que esse design deve ser aplaudido de pé, apesar de concordar que os preços dessas peças ainda são altos para comercio popular. Vejo o lado estético apenas como reflexo de um design irreverente e descontraído, e gosto disso. Um design que está “fora da caixinha” e acredito que tudo aquilo que é diferente do que estamos acostumados a usar ou ver pode causar certa resistência.
Mas que o conceito dos Irmão Campana é sensacional,  não é possível negar. Além de valorizar o design brasileiro, valoriza nosso artesanato, valoriza nossos materiais e trás uma sustentabilidade em peças feitas com materiais considerados por muitos como lixo.


O trabalho dos Irmãos Campana é pra mim o design com a cara do Brasil.



Link da apresentação do seminário: http://migre.me/kCcS3
Fontes: http://campanas.com.br/pt#
http://portalarquitetonico.com.br/
Imagens: Internet.


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quarta-feira, 5 de março de 2014

Museu de Hanói - A pirâmide invertida

Hanói é a capital do Vietnã, localizada na planície norte do país, é uma região com muitos rios que correm para o mar. Com clima tropical, a existência desse amplo recurso hídrico, ajuda a manter a unidade relativa do ar elevada. Salvo no outono, quando o clima fica predominantemente seco, mas fresco, considerando assim a melhor estação de Hanói.

Essa região é habitada desde 3 mil a.C. E tem hoje uma população de aproximadamente 6,5 milhões de pessoas. Porém 50% estão nas áreas rurais, distritos que foram agregados a Hanói, tornando-a segunda maior cidade do Vietnã, e sua principal fonte econômica.
O Vietnã foi palco de muitos confrontos, perdendo assim muito de suas riquezas arquitetônicas nas guerras. Com o controle do Império Francês em 1888, sua arquitetura ganhou características europeias, que podem ser encontradas até hoje, porém em bom estado de preservação de encontram as construções dos últimos 100 anos.

Para presentear a cidade em seu aniversário milenar, o município abriu em 2005 um concurso para o projeto do novo museu da cidade. O escritório alemão GMP Architekten recebeu o primeiro lugar com a sua pirâmide de ponta cabeça.


O museu foi construído em 3 anos (2007-2010) em parceria com escritório local e inaugurado na festa de aniversário de Hanói em setembro /2010. O museu está implantado em um parque nacional, com um belo projeto paisagístico e próximo ao Centro de Convenções Nacional do Vietnã, construído em 2006 pelo mesmo escritório.


Em forma de pirâmide invertida, o andar superior oferece sombreamento ao andar abaixo com sua laje em balanço que é suspensa por tirantes à cobertura de vigas treliçadas. Por sua vez, a cobertura é apoiada em 4 núcleos estruturais distribuídos simetricamente a partir do térreo. Por essa razão, a cobertura precisou ser construída logo após o termino do levantamento dos núcleos, para que pudesse ser feita as lajes dos outros 3 pavimentos.


O fechamento de todas as faces do museu é feita com vidro e aço, o que deixou o edifício mais leve, mas principalmente possibilita o uso da luz natural no museu e integrou a paisagem as obras expostas, e para o visitante que quer contemplar o entorno, o balanço proporciona uma sensação de estar flutuando na paisagem. Para que essa exposição ao sol possa ser aproveitada de forma confortável, todo o pano de vidro possui brise que também criam um visual noturno cinematográfico para o museu.

Essa eficiência energética também é presente na cobertura, aonde existem rasgos que possibilitam uma iluminação zenital indireta. Essa iluminação é usada para valorizar as obras e o espaço.
O museu todo possui 5 andares, contando com subsolo aonde existe sala de conferencia, um pequeno auditório e outras pequenas salas. No ultimo andar, por ser o maior, se encontra uma biblioteca, sala de pesquisa e escritórios. Os outros 3 pavimentos são usados exclusivamente para exposições, que aproveitam os grandes vãos que essa técnica construtiva permitiu.
A entrada no museu pode ser feita por qualquer fachada, e o acesso aos andares, pode ser feito por escada ou elevador localizado no núcleo a partir do térreo, mas a principal forma de circulação é pela rampa em espiral localizada no centro do prédio. Além de permitir o acesso aos andares superiores, essa rampa permite uma visão geral do interior, pois não existe barreira visual de um lado para o outro do museu.




De primeiro momento, o que me encantou no museu de Hanói foi sua excentricidade plástica. Mas ao estudar sobre a sua estrutura e como isso possibilitou atender ao programa de forma leve e a integrar a eficiência energética ao museu, posso dizer que a sua plasticidade foi consequência da solução de outras problemáticas no projeto, e que o resultado final é realmente maravilhoso.

Link da apresentação do seminário:
http://goo.gl/oM6cVI
Fontes: http://www.archdaily.com.br/br
           http://pt.gmp-architekten.de/
Imagens: © Marcus Bredt  e internet.





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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

“Inhos” na decoração


Certas coisas a gente aprende com o tempo certo?! 

Quando iniciei o curso técnico em design de interiores, adorava ver as revistas de decoração. Sempre achei lindos os ambientes com brilho, cor, texturas e tudo o que se tem direito. Coincidentemente meus trabalhos sempre foram temáticos, com tendência absorvidas de alguma nova edição recém saída da banca, e com cores algumas vezes até contratantes.  Durante todo o curso defendia a ideia de que todo ambiente precisava de cor viva. 

Quando trabalhei na loja Carpetes e Cia (venda de piso, persiana, cortinas, papel de parede e tapetes), sempre ficava um tanto frustrada por ver tantas opções e mesmo assim a cada 10 clientes, 9 optavam por um “cremezinho”, um “beginho”, um “clarinho”. 

Apesar de ter conhecimento da teoria das cores, que existem cores indicadas para cada ambiente e de que algumas cores “cansam” a vista, o que eu percebia era o medo das pessoas em ousar até mesmo em uma parede do lavabo. Salva uma vez que uma adolescente pediu a mãe o papel de parede para seu quarto, uma estampa listrada em vermelho, roxo e pink. Confesso que até mesmo eu achei exagero. 

Então com essa observação, cheguei a duas conclusões: 

1. As pessoas têm medo de ousar (seja em cor,textura,estampas) – isso de certa forma acredito que reflete em um medo na mudança de rotina e da paisagem do seu dia-a-dia. 
2. As pessoas “vestem” a sua casa para as visitas – o que os outros pensam sobre o seu lar como reflexo da sua personalidade é um fator decisivo na decoração. 

Ao trabalhar na Casa Vostra, uma loja de móveis e decorações elitizada aqui em São Paulo na Cidade Jardim, percebia que muitos itens eram comprados para decorações momentâneas, com frases como “-Minha sogra vem jantar e quero deixar tudo lindo”. Trabalhando agora na grande cidade e com um público com poder aquisitivo ainda maior, percebi que a tendência dos “inhos” era ainda mais forte (até mesmo a loja era neutra, e linda). Alguns objetos coloridos tinham uma boa saída, mas os móveis em geral eram sempre neutros. 

É fato que a decoração é um reflexo da nossa personalidade em sua grande maioria, mas é muito mais aquilo que queremos que saibam do que necessariamente o que somos. 

Às vezes é um refúgio. Como por exemplo, ao acompanhar a entrega de um móvel criado para um bioquímico em seu novo apartamento no Butantã, me deparei com uma geladeira retro, um painel fotográfico ao fundo da mesa da copa, e um papel em uma das paredes todo colorido. Ele disse que passava muito tempo em hotel, viajando a trabalho, e que queria que sua casa fosse mais “viva”. Quase bati palmas. 

Por fim fui percebendo a importância da harmonia de todo o conjunto: a casa, a cor, a paisagem, o ser.Absorver e saber trabalhar com essa harmonia é algo muito mais complexo. É conhecer a fundo a história, a vida e a personalidade das pessoas que irão compartilhar aquele espaço. 

Não existe revista ou manual que possa dizer o que é certo para sua casa, existem fragmentos que se pode utilizar, de forma correta e sábia em cada situação para uma boa decoração. 

Acredito que é isso que venho aprendendo, a encontrar essa harmonia e que nem sempre a falta de um arco-íris faz um lar “triste”, às vezes é o neutro que equilibra toda uma rotina após as 18 horas. E posso ate confessar, comprei uma cortina “beginha” para a minha sala.



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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Plano Diretor Pt.1

Olá,

Sempre fui dessas que ouvia dizer, mas não sabia exatamente o que pensar sobre o Plano Diretor, tão comentado e pedido nas aulas de Urbanismo. Apesar de que eu já deveria ter lido, ainda não o fiz. Sempre achei que seria algo difícil de entender com lei e palavras próprias para quem fez Direito.
Ainda assim minha curiosidade, como sempre, falou mais alto. Comecei então a procurar sobre o assunto, encontrei no site da prefeitura de São Paulo, o tal plano diretor.
E para complementar esse estudo, busquei algo sobre o Estatuto da Cidade, e encontrei um arquivo em PDF do Estatuto da Cidade Comentada no site do Ministério das Cidades.

Ainda não iniciei a minha leitura, mas deixo aqui o link dos “preciosos”:


Essa semana na faculdade, para incentivar ainda mais essa pesquisa, tivemos uma visita do professor Arq. e Urbanista Flávio Villaça que nos contou um pouco a sua história e nos explicou sobre o Plano Diretor de São Paulo.

Assim que eu ler mais sobre o assunto, coloco aqui as minhas anotações sobre o que descobri ouvindo o Profº Flávio e o que descobri em relação as minhas expectativas anteriores ao meu estudo.


Até Breve! 

                                                  Fonte: http://www.universidadesecovi.com.br/files/Noticias/plano-diretor_281_242.jpg

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