Hanói é a capital do Vietnã, localizada na planície norte do
país, é uma região com muitos rios que correm para o mar. Com clima tropical, a
existência desse amplo recurso hídrico, ajuda a manter a unidade relativa do ar
elevada. Salvo no outono, quando o clima fica predominantemente seco, mas
fresco, considerando assim a melhor estação de Hanói.
Essa região é habitada desde 3 mil a.C. E tem hoje uma população de aproximadamente 6,5 milhões de pessoas. Porém 50% estão nas áreas rurais, distritos que foram agregados a Hanói, tornando-a segunda maior cidade do Vietnã, e sua principal fonte econômica.
O Vietnã foi palco de muitos confrontos, perdendo assim muito de suas riquezas arquitetônicas nas guerras. Com o controle do Império Francês em 1888, sua arquitetura ganhou características europeias, que podem ser encontradas até hoje, porém em bom estado de preservação de encontram as construções dos últimos 100 anos.
Para presentear a cidade em seu aniversário milenar, o município abriu em 2005 um concurso para o projeto do novo museu da cidade. O escritório alemão GMP Architekten recebeu o primeiro lugar com a sua pirâmide de ponta cabeça.
O museu foi construído em 3 anos (2007-2010) em parceria com escritório local e inaugurado na festa de aniversário de Hanói em setembro /2010. O museu está implantado em um parque nacional, com um belo projeto paisagístico e próximo ao Centro de Convenções Nacional do Vietnã, construído em 2006 pelo mesmo escritório.
Em forma de pirâmide invertida, o andar superior oferece sombreamento ao andar abaixo com sua laje em balanço que é suspensa por tirantes à cobertura de vigas treliçadas. Por sua vez, a cobertura é apoiada em 4 núcleos estruturais distribuídos simetricamente a partir do térreo. Por essa razão, a cobertura precisou ser construída logo após o termino do levantamento dos núcleos, para que pudesse ser feita as lajes dos outros 3 pavimentos.
O fechamento de todas as faces do museu é feita com vidro e aço, o que deixou o edifício mais leve, mas principalmente possibilita o uso da luz natural no museu e integrou a paisagem as obras expostas, e para o visitante que quer contemplar o entorno, o balanço proporciona uma sensação de estar flutuando na paisagem. Para que essa exposição ao sol possa ser aproveitada de forma confortável, todo o pano de vidro possui brise que também criam um visual noturno cinematográfico para o museu.
Essa eficiência energética também é presente na cobertura, aonde existem rasgos que possibilitam uma iluminação zenital indireta. Essa iluminação é usada para valorizar as obras e o espaço.
O museu todo possui 5 andares, contando com subsolo aonde existe sala de conferencia, um pequeno auditório e outras pequenas salas. No ultimo andar, por ser o maior, se encontra uma biblioteca, sala de pesquisa e escritórios. Os outros 3 pavimentos são usados exclusivamente para exposições, que aproveitam os grandes vãos que essa técnica construtiva permitiu.
A entrada no museu pode ser feita por qualquer fachada, e o acesso aos andares, pode ser feito por escada ou elevador localizado no núcleo a partir do térreo, mas a principal forma de circulação é pela rampa em espiral localizada no centro do prédio. Além de permitir o acesso aos andares superiores, essa rampa permite uma visão geral do interior, pois não existe barreira visual de um lado para o outro do museu.
De primeiro momento, o que me encantou no museu de Hanói foi sua excentricidade plástica. Mas ao estudar sobre a sua estrutura e como isso possibilitou atender ao programa de forma leve e a integrar a eficiência energética ao museu, posso dizer que a sua plasticidade foi consequência da solução de outras problemáticas no projeto, e que o resultado final é realmente maravilhoso.
Link da apresentação do seminário:
http://goo.gl/oM6cVI
Fontes: http://www.archdaily.com.br/br
Leia Mais »
Essa região é habitada desde 3 mil a.C. E tem hoje uma população de aproximadamente 6,5 milhões de pessoas. Porém 50% estão nas áreas rurais, distritos que foram agregados a Hanói, tornando-a segunda maior cidade do Vietnã, e sua principal fonte econômica.
O Vietnã foi palco de muitos confrontos, perdendo assim muito de suas riquezas arquitetônicas nas guerras. Com o controle do Império Francês em 1888, sua arquitetura ganhou características europeias, que podem ser encontradas até hoje, porém em bom estado de preservação de encontram as construções dos últimos 100 anos.
Para presentear a cidade em seu aniversário milenar, o município abriu em 2005 um concurso para o projeto do novo museu da cidade. O escritório alemão GMP Architekten recebeu o primeiro lugar com a sua pirâmide de ponta cabeça.
O museu foi construído em 3 anos (2007-2010) em parceria com escritório local e inaugurado na festa de aniversário de Hanói em setembro /2010. O museu está implantado em um parque nacional, com um belo projeto paisagístico e próximo ao Centro de Convenções Nacional do Vietnã, construído em 2006 pelo mesmo escritório.
Em forma de pirâmide invertida, o andar superior oferece sombreamento ao andar abaixo com sua laje em balanço que é suspensa por tirantes à cobertura de vigas treliçadas. Por sua vez, a cobertura é apoiada em 4 núcleos estruturais distribuídos simetricamente a partir do térreo. Por essa razão, a cobertura precisou ser construída logo após o termino do levantamento dos núcleos, para que pudesse ser feita as lajes dos outros 3 pavimentos.
O fechamento de todas as faces do museu é feita com vidro e aço, o que deixou o edifício mais leve, mas principalmente possibilita o uso da luz natural no museu e integrou a paisagem as obras expostas, e para o visitante que quer contemplar o entorno, o balanço proporciona uma sensação de estar flutuando na paisagem. Para que essa exposição ao sol possa ser aproveitada de forma confortável, todo o pano de vidro possui brise que também criam um visual noturno cinematográfico para o museu.
Essa eficiência energética também é presente na cobertura, aonde existem rasgos que possibilitam uma iluminação zenital indireta. Essa iluminação é usada para valorizar as obras e o espaço.
O museu todo possui 5 andares, contando com subsolo aonde existe sala de conferencia, um pequeno auditório e outras pequenas salas. No ultimo andar, por ser o maior, se encontra uma biblioteca, sala de pesquisa e escritórios. Os outros 3 pavimentos são usados exclusivamente para exposições, que aproveitam os grandes vãos que essa técnica construtiva permitiu.
A entrada no museu pode ser feita por qualquer fachada, e o acesso aos andares, pode ser feito por escada ou elevador localizado no núcleo a partir do térreo, mas a principal forma de circulação é pela rampa em espiral localizada no centro do prédio. Além de permitir o acesso aos andares superiores, essa rampa permite uma visão geral do interior, pois não existe barreira visual de um lado para o outro do museu.
De primeiro momento, o que me encantou no museu de Hanói foi sua excentricidade plástica. Mas ao estudar sobre a sua estrutura e como isso possibilitou atender ao programa de forma leve e a integrar a eficiência energética ao museu, posso dizer que a sua plasticidade foi consequência da solução de outras problemáticas no projeto, e que o resultado final é realmente maravilhoso.
Link da apresentação do seminário:
http://goo.gl/oM6cVI
http://pt.gmp-architekten.de/
Imagens: © Marcus Bredt e internet.