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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Norma de Desempenho - ABNT NBR 15575:2013




Em um dos trabalhos do semestre que se fechou, precisávamos ler a nova Norma de Desempenho NBR15575 fazer uma resenha ou resumo e uma critica.Confesso que a norma em si eu li bem por cima, mas encontrei no site da CBIC(Câmara Brasileira da Industria da Construção) um guia orientativo que me ajudou a entender a norma e suas mudança.

A Revista Téchne também publicou uma matéria bem explicativa sobre o assunto.No final da postagem segue o link para consulta dos dois documentos.Vou começar com a minha crítica sobre a nova norma antes da resenha que é um pouco extensa.Ainda há muito a se estudar e entender sobre as normas que envolvem a construção civil, mas acredito que já é um começo.


fonte:http://www.caubr.gov.br/

Crítica:

Acredito que a norma atualizada ira promover grandes benefícios aos usuários/moradores. Mesmo que em um momento de adaptação as construtoras elevem o custo da obra, que irá refletir no preço dos imóveis, essas mudanças em longo prazo são positivas.

Mas a norma não age sozinha, é necessária uma responsabilidade iniciada em projeto até a manutenção que o usuário/morador deverá executar no imóvel.

Além disso, as construtoras devem seguir outras normas. A utilização da NBR 15575, que quantifica a qualidade do desempenho, é um complemento para a execução de um bom desempenho da obra seguindo diversas outras normas especificas.


Porem o que analisei é o reflexo que o “selo” desempenho irá prover para o mercado imobiliário. A vantagem é que agora o usuário/morador poderá exigir a comprovação desse desempenho informado pelas construtoras. Mas como não há uma fiscalização do município para que todas as obras sigam a norma, esse “selo” poderá ser usado como uma forte ferramenta de marketing, aumentando ainda mais o valor dos imóveis e desvalorizando quem não se adequar a ela, o que por um lado força com que as construtoras se conscientizem em melhorar a qualidade das obras e os arquitetos em realizem um projeto mais atencioso com relação a todos os aspectos, inclusivo as especificações de materiais, conhecendo-os melhor.


Vejo com isso a responsabilidade do arquiteto cada vez maior e que devemos nos prepara e estudar melhor o desempenho ideal de cada material do projeto para cada tipo de uso, utilizando da norma para promover uma melhor qualidade de vida aos nossos clientes, com edificações cada vez mais duráveis.

Resenha:

O conjunto normativo NBR 15.575, traz como novidade o conceito de comportamento em uso dos componentes e sistemas das edificações, sendo que a construção habitacional deve atender e cumprir as exigências dos usuários ao longo dos anos, promovendo o amadurecimento e melhoria da relação de consumo no mercado imobiliário, na medida em que todos os partícipes da produção habitacional são incumbidos de suas responsabilidades; projetistas, fornecedores de material, construtor, incorporador e usuário.

A principal mudança está explicitada no nome da NBR 15.575:2013 Edificações Habitacionais - Desempenho: diferentemente da versão anterior (2010), restrita a residenciais de até cinco pavimentos, o novo texto é mais abrangente e contempla projetos habitacionais de qualquer porte, além de novas técnicas construtivas.

A norma NBR 15575 foi redigida segundo modelos internacionais de normalização de desempenho. Ou seja, para cada necessidade do usuário e condição de exposição, aparece a  sequência  de  Requisitos  de  Desempenho,  Critérios de Desempenho e respectivos Métodos de Avaliação.
 O conjunto normativo compreende seis partes:
Parte 1: Requisitos gerais;
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;
Parte3: Requisitos para os sistemas de pisos;
Parte4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;
Parte5: Requisitos para os sistemas de coberturas; e
Parte6: Requisitos para os sistemas hidros sanitários.

Cada parte da norma foi organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência  de  exigências  relativas  à segurança (desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso e operação), habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto  tátil) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade  e  adequação ambiental).

Ao contrário das normas tradicionais, que prescrevem características dos produtos com base na consagração do uso, normas de desempenho definem as propriedades necessárias dos diferentes elementos da construção, independentemente do material constituinte. No primeiro caso, deve-se utilizar o produto em atendimento às suas características. No segundo, deve-se desenvolver e aplicar o produto para que atenda às necessidades da construção.

Para que se atinja e se mantenha o desempenho pretendido durante o prazo de vida útil de projeto, a norma estabelece incumbências para incorporadores, construtores, projetistas, usuários e outros. Suprime algumas indefinições que existiam, como por exemplo, a responsabilidade sobre os levantamentos necessários em terrenos com passivo ambiental.

A Parte 1 a norma trata das interfaces entre os diferentes elementos da construção e do seu desempenho global, como por exemplo no caso do desempenho térmico, onde influem simultaneamente fachadas, coberturas, etc. Estabelece diretrizes para implantação das edificações habitacionais e indicações gerais sobre estabilidade, durabilidade, segurança no uso e na ocupação, desempenho lumínico, etc.

 As normas de projeto e execução de estruturas enfocam normalmente a estabilidade e segurança da construção frente a cargas gravitacionais, à ação do vento e a outras. As normas de desempenho incluem ainda ações decorrentes do uso e ocupação do imóvel, por exemplo, resistência de pisos e paredes aos impactos de corpo mole e corpo duro, capacidade de paredes e tetos suportarem cargas suspensas etc.

Com relação à segurança contra incêndio, a norma visa, em primeiro lugar, a integridade  física  das  pessoas  e,  depois,  a  própria  segurança  patrimonial.  Os critérios de desempenho contemplam recursos para dificultar o principio de incêndio e a sua propagação, o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo – TRRF, de  elementos  e  componentes  da  construção,  as  rotas  de  fuga,  a  propagação de fumaça, os equipamentos de extinção e também a facilidade de acesso dos bombeiros para combate a incêndios já deflagrados.

Verifica-se, nas habitações em geral, número significativo de ocorrências rotuladas como “acidentes”, sendo que  na  verdade  muitas  delas  são  decorrentes  de situações de exposição ao risco. Nesta parte da norma, são introduzidos requisitos e critérios visando minimizar a possibilidade de ferimentos nos usuários da habitação, choques elétricos, tropeções, quedas e queimaduras. Procura-se quantificar o coeficiente de atrito de pisos, a resistência mecânica de guarda corpos, os cuidados na manutenção de telhados e outros.

Além dos  aspectos  de  desempenho  estrutural,  segurança  contra  incêndios, durabilidade e outros atributos essenciais, é necessário que a habitação apresente compartimentação adequada e espaços suficientes para a disposição de camas, armários, poltronas e os diversos utensílios domésticos. Além dos espaços e pé direito mínimos, são estabelecidos critérios regulando a possibilidade de ampliação de unidades térreas e o funcionamento de instalações hidráulicas, reportando-se sempre que necessário a outras Normas técnicas.

Com base nos princípios da ergonomia, na estatura média das pessoas e na força física passível de ser aplicada por adultos e crianças é que devem ser desenvolvidos os componentes e equipamentos da construção. A NBR 15575-1 estabelece critérios de desempenho recomendando a forma e limitando a força necessária para o acionamento de trincos, torneiras e outros dispositivos. Estabelece ainda a planicidade requerida para os pisos que, projetados conforme a Parte 2 da norma limitarão também as vibrações que poderiam causar desconforto.

O adequado desempenho térmico repercute no conforto das pessoas e em condições adequadas para o sono e atividades normais em uma habitação, contribuindo ainda para a economia de energia. A avaliação de desempenho pode ser feita de forma simplificada, com base em propriedades térmicas das fachadas e das coberturas, ou por simulação computacional, onde são cotejados simultaneamente todos os elementos e todos os fenômenos intervenientes. O ruído gerado pela circulação de veículos, crianças brincando no playground e música alta no apartamento vizinho são causas de desentendimentos e de estresse. Por isso, faz-se necessária a adequada isolação acústica por parte de fachadas, coberturas, entrepisos e paredes de geminação. Além de critérios de isolação ao som aéreo, a norma inclui disposições para a isolação ao ruído transmitido por impactos, fator extremamente importante para os entrepisos e coberturas acessíveis.

Considerando apenas a iluminação artificial, a norma ABNT NBR 5413 estipula as iluminâncias requeridas para várias tarefas e atividades, para diferentes tipos de edificações (habitações, escolas,  comércio  etc).  A  norma  de  desempenho 15575 estipula níveis requeridos de iluminância natural e artificial nas habitações, reproduzindo, neste último caso, as próprias exigências da NBR 5413.

As condições de saúde e higiene nas habitações podem ser comprometidas por uma série de fatores, sendo a umidade fonte potencial de doenças respiratórias, formação de fungos e outros. Além disso, a durabilidade da construção está diretamente associada à estanqueidade à água de seus elementos. A norma NBR 15575 estabelece critérios para estanqueidade de fachadas, pisos de áreas molhadas, coberturas e demais elementos da construção, incluindo as instalações hidro- sanitárias.

A habitação é o  bem  mais  almejado  pelos  seres  humanos. Tem significado emblemático, que,  em  muito,  transcende  a  posse  material.  Particularmente nos casos de financiamentos prolongados, é extremamente importante que a construção mantenha características  aceitáveis  de  desempenho  durante prazo  denominado  na  norma  como “Vida  Útil  de  Projeto”.  Dessa forma,  há necessidade de manutenção constante e correta previsão nos projetos e na construção, indicando-se na NBR 15575 a Vida Útil de Projeto para diversos elementos e componentes.

A vida útil de qualquer produto, seja um automóvel  ou  uma  edificação,  depende da eficiência do projeto, da construção, das condições de agressividade do meio e dos cuidados no uso e manutenção. A vida útil prevista no projeto da habitação só poderá ser atingida no caso do seu uso correto e adoção de eficientes processos de manutenção, obedecendo-se fielmente ao que estiver estipulado no Manual de Uso, Operação e Manutenção. Com relação à preparação do manual e à gestão da manutenção, a norma de desempenho remete às regras ABNT específicas, ou seja, NBR 14037 e NBR 5674.

A ABNT NBR 15575 (“Norma de Desempenho” ou, simplesmente, “Norma”) aplica-se a edificações habitacionais. Não abrange todos os sistemas construtivos da edificação, e limita-se àqueles nela contemplados, a saber: sistemas estruturais; sistemas de pisos; sistemas de vedações verticais internas e externas; sistemas de coberturas e sistemas hidros-sanitários.

Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de normas e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não são estabelecidos na ABNT NBR 15575.

As leis dão força obrigatória às Normas Técnicas ou estabelecem consequências para o seu descumprimento. Assim, a observância da “Norma de Desempenho”, bem  como  das  demais  Normas Técnicas,  decorre  de  determinações de determinações contidas no Código Civil, no Código de Defesa do Consumidro, em Códgos de Obras, em leis especiais, Códigos de Ética Profssional, etc.

O Código de Defesa do Consumidor, por exemplo, estabelece, no art. 39, que é vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas especificas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Daí a especial recomendação de atendimento à “Norma” nas relações de consumo.

A “Norma” define três níveis de desempenho: (M) Mínimo – Obrigatório; (I) intermediário  e  (S)  Superior,  que  servirão  como  parâmetros  de  avaliação  dos elementos e sistemas construtivos. A novidade servirá para balizar a relação de custo/benefício de diferentes construções colocadas no mercado. Considerando que a edificação possui vários elementos construtivos, com vidas úteis variáveis, caberá ao incorporador ou construtor definir o “mix” dos três níveis de desempenho, observado o mínimo obrigatório.

A “Norma” traz uma nova obrigação para os projetistas, de estabelecer, de comum acordo com o empreendedor e usuários (quando for o caso), e indicar nos projetos a Vida Útil de Projeto (VUP) dos elementos e sistemas da edificação, os materiais compatíveis com a VUP, bem como as atividades de manutenção indispensáveis para que se possa atingi-la. Os incorporadores ou construtores devem também indicar as atividades de manutenção (rotineiras ou preventivas), inclusive materiais, que deverão ser informados aos usuários por meio de manuais de uso e operação, entregues quando da disponibilização dos imóveis.

A “Norma” deixa clara a responsabilidade dos usuários pela realização da manutenção como condição para assegurar a garantia e atingira vida útil, e determina que devem ser observadas as normas técnicas especificas dessa matéria (ABNT NBR 5674e ABNT NBR 14037). A ABNT NBR 5674 é direcionada aos proprietários e síndicos e dispõe sobre os requisitos para a gestão do sistema de manutenção de edificações, incluindo meios para preservar as características originais da edificação e para prevenira perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou componentes; e a ABNT NBR 14037 é direcionada para os construtores e incorporadoras, e dispõe sobre os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual de uso, operação e manutenção das edificações, a ser entregue aos proprietários/usuários.

Aspecto da maior importância está na recomendação de prazos de garantia detalhados para os diversos sistemas da edificação constante na “Norma”. O detalhamento dessa matéria (garantia) não poderia emanar de ninguém mais autorizado do que a sociedade técnica, como ocorreu no caso da “Norma”, em que participaram da sua elaboração:  entidades  de  pesquisa,  universidades, entidades representativas de fabricantes de materiais e de produtos, de construtoras, de incorporadora, peritos, agentes financiadores, consumidores e representantes do poder público.
O reparo de falhas durante a vigência dos prazos de garantia deve ser feito pelo incorporador ou construtor, ressalvadas as hipóteses que excluem a sua responsabilidade, como o mau uso ou a falta de manutenção pelos usuários; atos de terceiros; caso fortuito ou força maior. Vencido o prazo de garantia, a responsabilidade deve ser apurada.

Com a “Norma”, as regras ficam mais claras e transparentes. São estabelecidos parâmetros e níveis de desempenho  mínimos  para  os  diversos  sistemas  da edificação; indicação de prazos de vida útil de projeto para as diversas partes da edificação; prazos de garantia recomendados para diversos itens indicados  (componentes,  elementos  e  sistemas  da  construção);  responsabilidades de construção e de manutenção claramente definidas; e perspectivas de melhores laudos técnicos para instruir demandas e fundamentar as decisões judiciais, pois, além dos parâmetros técnicos e métodos de avaliação estabelecidos, a aferição de responsabilidade de uma falha passará necessariamente pela verificação se foi, ou não, realizada a devida manutenção pelo usuários.

Pode-se dizer que a “Norma” é um marco regulatório, técnico e jurídico, na Construção Civil devido à importância de suas disposições para ambas às disciplinas.

A “Norma” foi publicada em 19/2/2013, sendo válidos 150 dias após a sua publicação, ou seja, a partir de julho de 2013, prazo este estabelecido devido à repercussão que terá sobre as atividades do setor da Construção Civil, bem como à necessidade de adequação de todos os  segmentos  de  sua  cadeia  produtiva, envolvendo projetistas, fabricantes, laboratórios, construtores e governo.

Não compete às Prefeituras  Municipais,  quando  examinam  um  projeto  de construção, verificar se a construção atende, ou não, às Normas Técnicas. As aprovações, em regra, se resumem a restrições edilícias e índices urbanísticos.

A verificação de atendimento aos requisitos da “Norma” deve ser feito pelos interessados – proprietários, usuários, consumidores de um modo geral – e poderá ser necessária a sua comprovação a qualquer momento futuro, em caso de dúvida ou discussão sobre a qualidade da construção e o cumprimento de obrigações para apurar responsabilidades, seja no tocante aos projetos, seja quanto à qualidade de execução da construção. Daí a importância de manter em arquivo, durante os prazos de vida útil, os projetos, contratos, atas de decisões e demais documentos referentes à obra.

Fonte: Guia orientativo CBIC para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013
Para vizualizar o guia segue link:  
fhttp://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_CBIC_Norma_Desempenho_2_edicao.pdf

Artigo da revista Téchne Edição 192 - Março/2012:
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/192/desempenho-revisado-publicada-em-fevereiro-nova-norma-de-desempenho-288027-1.aspx




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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Irmãos Campana- O design do Brasil

Fernando nasceu em Brotas e se formou em Arquitetura na Belas Artes e Humberto nasceu em Rio Claro e se formou em Direito pela USP.  Mesmo com diferenças de formação os irmãos Campana há pouco mais de 20 anos montaram o “Estúdio Campana” onde passam a criar objetos e peças a partir do reaproveitamento de diversos tipos de materiais como cordas, lascas de madeira, EVA, fios de PVC, guardas chuvas, papelão, garrafas pet, ralos de banheiro e outros.


Com toda essa contemporaneidade e ousadia se toraram os primeiros designers brasileiros a expor no MOMA ( Museu de Arte Moderna de Nova Iorque), o que trouxe grande visibilidade ao trabalho da dupla e os tornou mundialmente famosos.

O que chama a atenção para esses designers é o uso inusitado de matérias.
Mesmo que não se parece confortável, existe uma criatividade muito forte em cada peça, o que as tornam únicas.
Essa ideia de utilizar um material existente e por vezes comum, criando uma nova forma e um novo produto dando-lhe uma nova função é realmente genial. E como provar que todo material pode ter vários usos, que não devemos ter esse olhas estático para tudo o que nos cerca.

Design Irmãos Campana
Uma de suas peças mais famosas é a Poltrona Vermelha, feita de 500m de cordas com a estrutura em aço inoxidável. Uma peça de design artesanal, pois a forma de se produzir essa cadeira não pode ser apresentado com um projeto esquemático, para isso os Irmãos Campana tiveram que fazer um vídeo explicando o modo de entrelaçar a corda para que a Edra se tornasse capaz de comercializa-la desde 1998.


Essa peça foi um marco no design não só brasileiro como mundial, pois em uma época aonde o design caminhava para a industrialização, os Irmão Campana chegam com suas intervenções artísticas nas peças que podem ser classificadas como arte. Afinal, em cada uma de suas poltronas, luminárias e outras peças há um inegável trabalho artístico, que vai além do design. Por isso, depois dos Campana e suas peças únicas – cada uma, mesmo com aspecto semelhante, tem um toque único e exclusivo dos criadores – , nasceu a classificação do Design-Arte.

Outra peça que mostra a brasilidade em seu design e até no nome é a cadeira Favela, feita de tiras de sarrafo fixadas em uma base de metal de forma irregular assim como as favelas brasileiras.
Cadeira Favela

 Para quem assiste o programa Encontro com Fatima Bernardes na Globo já pode ter reparado em uma poltrona um tanto quanto diferente. Essa poltrona foi presente dos irmãos Campana, e é feita com base em aço e revestida com bonecas feitas por mulheres de uma OBG na cidade de Esperança na  Paraíba. É conhecida como poltrona multidão ou Paraíba e na mesma linha temos a poltrona banquete  que é feita com bichos de pelúcia.
Poltrona Paraíba
Poltrona Banquete
Os irmãos Campana também são responsáveis por design de objetos de decoração e objetos pessoas, como sapatos, roupas e joia. Esse design está presente na parceria com a Melissa, a Lacoste e a H.Stern.

Melissa
Lacoste

 Enfim, há quem ame e quem odeie todo ou parte do trabalho dos Irmão Campana. Alguns acreditam que são designs fantásticos, mas que os moveis são inacessíveis para o bolso da população e mais se parecem com uma peça de arte para “enfeitar” do que algo usual.

Eu acredito que esse design deve ser aplaudido de pé, apesar de concordar que os preços dessas peças ainda são altos para comercio popular. Vejo o lado estético apenas como reflexo de um design irreverente e descontraído, e gosto disso. Um design que está “fora da caixinha” e acredito que tudo aquilo que é diferente do que estamos acostumados a usar ou ver pode causar certa resistência.
Mas que o conceito dos Irmão Campana é sensacional,  não é possível negar. Além de valorizar o design brasileiro, valoriza nosso artesanato, valoriza nossos materiais e trás uma sustentabilidade em peças feitas com materiais considerados por muitos como lixo.


O trabalho dos Irmãos Campana é pra mim o design com a cara do Brasil.



Link da apresentação do seminário: http://migre.me/kCcS3
Fontes: http://campanas.com.br/pt#
http://portalarquitetonico.com.br/
Imagens: Internet.


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